quarta-feira, 29 de julho de 2015

Os Mistérios de Miss Fisher (1ª Temporada)

título original:  Miss Fisher's Murder Mysteries (Season 1)
gênero: Suspense
duração: 600min
ano de lançamento: 2012

A Honorável Srta. Phryne Fisher é uma mulher intrépida, glamourosa e moderna dos anos 1920. Depois de muitos anos na Europa, após uma infância pobre, e diversas mudanças pós 1° Guerra que a levam ao patamar da nobreza, Phryne volta a Melbourne, Austrália, em parte para começar uma nova vida em sua cidade natal, mas também para garantir que Murdoch Foyle, o homem que seria responsável pelo desaparecimento misterioso da sua irmã mais nova, nunca saia da cadeia. Com sua pistola dourada, afiada adaga e acima de tudo inteligência, Phryne encontra justiça para aqueles que não podem se ajudar. E assim, aos poucos, muitos se unem a sua causa. A série é baseada nos 18 romances policiais da afamada escritora australiana Kerry Greenwood.
A primeira temporada de "Os Mistérios de Miss Fisher" é uma série de suspense policial a la Agatha Christie com enredos brilhantemente arquitetados. Essie Davis se destaca no papel da detetive, uma mulher a frente do seu tempo. Todo o elenco de apoio está bem, principalmente Ashleigh Cummings como a empregada e fiel escudeira da protagonista. Os figurinos, trilha sonora e direção de arte reconstituindo os anos 20 são primorosos.

Classificação: MARAVILHOSO

sábado, 18 de julho de 2015

Uma Longa Jornada

título original:  The Longest Ride
gênero: Romance
duração: 139min
ano de lançamento: 2015
direção: George Tillman Jr.
roteiro: Craig Bolotin

Adaptação do livro de Nicholas Sparks. A vida de um jovem casal se entrelaça com a de um homem que os enxerga por intermédio de um antigo relacionamento amoroso.
O filme é uma defesa do amor e da felicidade de um casal, tanto coletiva como individual, acima de tudo que possa ser obstáculo para o relacionamento.  A perfeita empatia entre Britt Robertson, que aqui se destaca ao se mostrar firme e carismática, e Scott Eastwood é garantia para o sucesso e atração que o filme exerce sobre o público. Vale destacar, também, a presença do veterano Alan Alda no elenco. A trilha sonora de música country e as belas paisagens da Carolina do Norte  também merecem destaque.

Classificação: ÓTIMO

Renascida do Inferno

título original:  The Lazarus Effect
gênero: Terror
duração: 83min
ano de lançamento: 2015
direção: David Gelb
roteiro: Luke Dawsson, Jeremy Slater

Um grupo de estudantes de medicina descobre uma forma de trazer pacientes mortos à vida.
O filme é uma repetição patética e sem criatividade de outras obras que exploram o mesmo tema. Como filme de terror,  nem sequer consegue assustar o espectador. Até os efeitos especiais e a maquiagem são sofríveis.

Classificação: LIXO

Mom (1ª Temporada)

título original: Mom (Season 1)
gênero: Comédia
duração: 440min
ano de lançamento: 2013

A série foca em uma mãe solteira, ex-alcoólatra, interpretada por Anna Faris, tentando colocar sua vida em ordem no coração de Napa Valley.
"Mom" é uma série que trata temas sérios como alcoolismo e inconsciente coletivo através de um humor bastante ácido, que faz gargalhar e leva à reflexão. Anna Faris, a melhor comediante de sua geração, e Allison Janney formam uma dupla cômica incrível. Janney rouba a cena em diversos momentos, num papel que lhe rendeu o Emmy, o Oscar da televisão.

Classificação: ÓTIMO

Ravenswood (1ª Temporada)

título original: Ravenswood (Season 1)
gênero: Terror
duração: 420min
ano de lançamento: 2013

Ravenswood se passa numa cidade não muito longe de Rosewood, que sofreu uma maldição mortal por gerações. Cinco estranhos se vêem de repente conectados entre si por essa maldição fatal, e precisam cavar a misteriosa e terrível história da cidade, antes que seja tarde demais para todos eles.
Esse spin off de "Pretty Little Liars" é uma trama de horror e mistério completamente sem pé nem cabeça. Mal dirigido, o elenco se mostra artificial, com exceção da assustadora Meg Foster e de Tyler Blackburn, que tenta trazer a essa série o carisma de Caleb, mesmo personagem interpretado por ele em "Pretty Little Liars".

Classificação: PÉSSIMO

Twisted (1ª Temporada)

título original: Twisted (Season 1)
gênero: Suspense
duração: 800min
ano de lançamento: 2013

Condenado aos onze anos de idade por ter assassinado sua tia, Danny saiu sob custódia. Tentando retomar sua vida, ele volta para sua cidade natal onde se reencontra com antigos amigos e com sua mãe Karen Ryder (Denise Richards), que já foi a mulher mais importante da sociedade e agora precisa lidar com a vergonha de ter um filho condenado. Mas quando um dos alunos da escola é assassinado, ele se torna o principal suspeito.
Mais uma série de suspense da ABC Family que tenta pegar carona no sucesso de "Pretty Little Liars", mas sem a mesma qualidade no roteiro. O elenco é mediano, com uma boa enigmática interpretação de Avan Jogia no papel principal, mas quem realmente se destaca é a veterana Denise Richards, ao mostrar toda a sua maturidade como atriz dramática.

Classificação: REGULAR

Melissa & Joey (1ª Temporada)

título original: Melissa & Joey (Season 1)
gênero: Comédia
duração: 660min
ano de lançamento: 2010

Na história de "Melissa & Joey" temos Melissa, filha de um político, que segue a carreira do pai. Mas, um escândalo leva sua irmã para a cadeia enquanto seu cunhado desaparece do mapa. Sobraram os sobrinhos, que alguém precisa cuidar enquanto todo mundo sai para o trabalho. É aí que entra Joey, contratado por Melissa para ser a babá das crianças.
Com humor simples e ótimo elenco, Melissa & Joey é uma divertida sitcom ao estilo comédia familiar. O quarteto principal é carismático, além de perfeitamente afinado e à vontade em cena. Melissa Joan Hart e Joey Lawrence são um destaque a parte.

Classificação: BOM

Pretty Little Liars (5ª Temporada)

título original: Pretty Little Liars (Season 5)
gênero: Suspense
duração: 1000min
ano de lançamento: 2014

Pretty Little Liars conta a história de 4 amigas em uma pequena cidade chamada Rosewood, um lugar cheio de de segredos. Poucos sabem, mas essas amigas guardam alguns dos piores deles.
A quinta temporada de Pretty Little Liars dá um grande avanço com ao relação ao mistério trabalhado na série. Mais uma vez, e mais do que nunca, os atores são forçados a sair da zona de conforto com resultados brilhantes. Com mais tempo de tela, Sasha Pieterse pode mostrar todo o seu talento como atriz dramática.

Classificação: MARAVILHOSO

Pretty Little Liars (4ª Temporada)

título original: Pretty Little Liars (Season 4)
gênero: Suspense
duração: 945min
ano de lançamento: 2013

Pretty Little Liars conta a história de 4 amigas em uma pequena cidade chamada Rosewood, um lugar cheio de de segredos. Poucos sabem, mas essas amigas guardam alguns dos piores deles.
A quarta temporada traz revelações que garantem novo fôlego à série e são capazes de mudar os rumos de toda a trama. Em uma temporada em que os personagens passam por uma verdadeira montanha russa, em que ninguém é o que parece, Lucy Hale e Ian Harding são destaques.

Classificação: MARAVILHOSO

Pretty Little Liars (3ª Temporada)

título original: Pretty Little Liars (Season 3)
gênero: Suspense
duração: 960min
ano de lançamento: 2012

Pretty Little Liars conta a história de 4 amigas em uma pequena cidade chamada Rosewood, um lugar cheio de de segredos. Poucos sabem, mas essas amigas guardam alguns dos piores deles.
Na terceira temporada de Pretty Little Lairs era de se esperar que a produção desse sinais de cansaço, mas manteve o alto nível que garante destaque entre as produções televisivas. Troian Bellisario se destaca quando sua personagem segue rumo inesperado.

Classificação: MARAVILHOSO

Pretty Little Liars (2ª Temporada)

título original: Pretty Little Liars (Season 2)
gênero: Suspense
duração: 1100min
ano de lançamento: 2011

Rosewood é uma pequena perfeita cidade. De tão tranquila e intocada, você nunca adivinharia que detém tantos segredos. Alguns dos piores pertencem às garotas Spencer Hastings, Aria Montgomery, Hanna Marins e Emily Fields, quatro amigas cujos segredos mais escuros estão prestes a ser desvendados. Alison, a “abelha rainha” de seu grupo, desaparece e as meninas juram que nunca iriam contar o que realmente aconteceu naquela noite. Elas acreditaram que seus segredos as uniriam, mas acontece justamente o contrário. Quem poderia dizer qual é a verdade em Rosewood? Parece que todos na cidade estão mentindo sobre algo. Agora, com o mistério em torno do desaparecimento de Alison, as meninas começam a receber ameaçadoras mensagens de "A" , contendo coisas que apenas Alison sabia. Mas não poderia ser Alison. Poderia? Quem quer que seja, ele/ela parece saber todos os segredos das meninas e está observando cada movimento delas. As meninas são amigas novamente, mas elas vão estar uma com a outra quando os seus segredos vierem à tona?
Uma das séries mais bem escritas e movimentadas dos últimos anos, mantendo o clima de suspense incessante por todos os 25 episódios. O final, inesperado e impactante, fechou com chave de ouro a temporada.

Classificação: MARAVILHOSO

Pretty Little Liars (1ª Temporada)

título original: Pretty Little Liars (Season 1)
gênero: Suspense
duração: 990min
ano de lançamento: 2010

A série conta a história de um grupo de amigas formado por: Aria, Hanna, Emily e Spencer que guardam um grande segredo. Um segredo que somente uma pessoa parece saber e fará o possível para trazê-lo à tona.
A adaptação dos livros de Sara Shepard é uma série com ritmo frenético em todos os episódios, em que a chave para o sucesso é um clima de curiosidade e questionamento o tempo todo. O excelente elenco garante o impacto da produção, com destaque para a veterana Laura Leighton. As jovens atrizes Lucy Hale, Ashley Benson, Troian Bellisario e Shay Mitchell dão sustentação a suas personagens mesmo nos momentos mais difíceis; elas são heroínas imperfeitas e de carne e osso. Lucy Hale é um destaque à parte, e sua química com Ian Harding é ponto forte. A fotografia, edição e trilha sonora acompanham o alto nível da produção.

Classificação: MARAVILHOSO

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Fica Comigo

título original: Drive Me Crazy
gênero: Romance
duração: 91min
ano de lançamento: 1999
direção: John Schultz
roteiro: Rob Thomas

Adolescente precisa achar urgentemente um garoto substituto para levá-la ao baile da escola, depois de levar um fora do namorado.
O filme é uma trama morna e sem sal, além de extremamente mal desenvolvida e aproveitada. Nem mesmo Melissa Joan Hart, uma excelente atriz especializada em obras leves, consegue salvar o longa-metragem do fracasso.

Classificação: PÉSSIMO

quarta-feira, 8 de julho de 2015

O Lobo Atrás da Porta

título original: O Lobo Atrás da Porta
gênero: Suspense
duração: 90min
ano de lançamento: 2013
direção: Fernando Coimbra
roteiro: Fernando Coimbra

Uma criança é raptada. Na delegacia, Sylvia e Bernardo, pais da vítima, e Rosa, a principal suspeita e amante de Bernardo, prestam depoimentos contraditórios que nos levarão aos recantos mais obscuros dos desejos, mentiras, carências e perversidades do relacionamento desses três personagens.
"O Lobo Atrás da Porta" demora a engrenar, mas revela-se um suspense primorosamente dirigido e interpretado. Os rumos da trama mudam de direção na medida em que os personagens fazem o mesmo. A interpretação de Leandra Leal é impressionante; ela exibe as várias nuances de sua personagem com uma complexidade difícil de ser alcançada. A trilha sonora e a fotografia são de bom gosto e perfeitamente adequadas ao gênero da produção.

Classificação: BOM

terça-feira, 7 de julho de 2015

Pânico 3

título original: Scream 3
gênero: Terror
duração: 116min
ano de lançamento: 2000
direção: Wes Craven
roteiro: Ethan Kruger

Sidney está agora vivendo sozinha no norte da Califórnia para tentar fugir do passado trágico, quando toma conhecimento que estranhos assassinatos estão ocorrendo nos sets de filmagem de "Stab 3: Return to Woodsboro".
Se “Pânico” ressuscitou o terror através da paródia aos próprios clichês, e a continuação fez o mesmo com as sequencias de obras do gênero, o alvo de “Pânico 3” são os capítulos finais de trilogias. Mais divertido que assustador, este terceiro filme se encaixa bem ao analisarmos toda a quadrologia, mas não tem grandes méritos. 

Classificação: REGULAR

Pânico 2

título original: Scream 2
gênero: Terror
duração: 120min
ano de lançamento: 1997
direção: Wes Craven
roteiro:  Kevin Williamson

O filme "Stab", que se baseia nos terríveis assassinatos de Woodsboro, é lançado em Windsor, cidade onde Sidney se refugiou para esquecer do seu passado. O filme faz surgir um novo assassino e, mais uma vez, o alvo principal é Sidney. Ela está desesperada, a mídia está em alvoroço, qualquer coisa pode acontecer, e todo mundo é suspeito.
O que mais se comenta sobre sequencias é que são raras as que conseguem superar o original. E aí reside o problema de “Pânico 2”: não há nenhuma qualidade desse filme que não seja compartilhada com o primeiro. As reviravoltas, momentos de tensão ou mesmo as sacadas inteligentes do roteiro não são mais novidades.

Classificação: BOM

Madea's Witness Protection

título original: Madea's Witness Protection
gênero: Comédia
duração: 114min
ano de lançamento: 2012
direção: Tyler Perry
roteiro:  Tyler Perry

Um investidor bancário e sua família são colocados no programa de proteção a testemunhas. Isso os força a deixar seu lar luxuoso e passam a morar na casa de Madea.
“Madea’s Witness Protection” é um filme leve e engraçadinho, mas que não chega a provocar gargalhadas. Mesmo com bons atores como Eugene Levy e Denise Richards no elenco, a obra não consegue explorar as ideias interessantes que surgem durante a projeção. São muitas as brincadeiras recheadas de potencial dirigidas pelo também ator Tyler Perry. O problema é que Perry confia demais em seu talento para caracterizações para dar forma a essas ideias e o resultado é um filme morno. Isso não significa que, como ator, Perry não dê conta do recado. Ele dá a vida a três personagens com a mesma marca humorística, mas consegue fazer o público esquecer de que se trata da mesma pessoa. A interpretação como Madea, ao mesmo tempo extrovertida e sem afetações, vai na contramão de outros astros em papéis femininos. É uma pena que a trama e o humor em si não se desenvolvam de maneira a, inclusive, aproveitar melhor o elenco. 

Classificação: RUIM

Cake: Uma Razão Para Viver

título original: Cake
gênero: Drama
duração: 102min
ano de lançamento: 2014
direção: Daniel Barnz
roteiro:  Patrick Tobin

“Cake: Uma Razão Para Viver” é um filme problemático. Protagonizada por Jennifer Aniston num surpreendente desempenho dramático, a obra consegue aproveitar muito pouco do potencial de sua personagem principal. Ela é Claire Simmons, uma mulher traumatizada e depressiva, que busca ajuda em um grupo para pessoas com dores crônicas. Lá, ela descobre o suicídio de um dos membros do grupo, Nina. Claire fica obcecada pela história desta mulher, e começa a investigar a sua vida. Aos poucos, começa a desenvolver uma relação inesperada com o ex-marido de Nina, Roy.
A ideia de que cada pessoa carrega as próprias marcas e por isso é complicado julgar a personalidade e as atitudes de cada um é ponto a favor desta produção dirigida por Daniel Barnz. Mas o cineasta se perde numa narrativa confusa, em que a ligação entre os pontos chaves da história apresenta-se de forma que chega até mesmo a parecer aleatória, e não consegue passar da superficialidade ao tocar os assuntos abordados. Barnz sequer consegue explorar o talento do elenco de coadjuvantes, que vai de Anna Kendrick a Adriana Barraza, e que é meramente correto em suas composições.
No fim das contas, é Jennifer Aniston quem dá alguma forma ao que está sendo visto na tela. Atriz mais conhecida por comédias, como a icônica telesérie “Friends”, Aniston teve ao longo da carreira poucos papéis dramáticos. Assim como aconteceu com Sandra Bullock, que teve uma virada na carreira ao ganhar o Oscar por “Um Sonho Possível”, a chegada da idade parece forçá-la a exibir mais maturidade como atriz.

Classificação: RUIM

Caminhos da Floresta

título original: Into the Woods
gênero: Musical
duração: 125min
ano de lançamento: 2014
direção: Rob Marshall
roteiro:  James Lapine

Com elenco de peso que tem de Meryl Streep a Johnny Depp, “Caminhos da Floresta” é aposta renovada da Disney. Essa subversão às próprias regras do estudo vem sendo construída em cada um de seus filmes de contos de fadas. Após “Malévola” revelar a complexidade humana ao invés da ultrapassada dicotomia entre bem e mal, “Caminhos da Floresta” chega para mostrar às crianças que tragédias existem mesmo depois do felizes para sempre. O filme também mantém a tradição recente de heroínas fortes e independentes. Quem diria que veríamos uma Cinderela com poder de escolha, num filme de um estúdio originalmente marcado por protagonistas femininas que dependiam de um príncipe encantado?  A história, situada num universo de personagens de contos dos irmãos Grimm, é sobre um padeiro e sua esposa. Eles descobrem que foram amaldiçoados por uma bruxa (Meryl Streep) para não terem filhos. Por isso, devem ir para dentro da floresta para encontrar os objetos necessários para quebrar o feitiço e começar uma família. O elenco é soberbo, tanto cantando como atuando, com destaque para Meryl Streep. É incrível como ela consegue se transformar e surpreender, mesmo tendo se superado tantas vezes antes. Não é a toa que ela é, reconhecidamente, a melhor atriz da atualidade. O restante dos atores conta com boas participações e vocais perfeitos, desde Anna Kendrick representando a dualidade de emoções de Cinderela até a composição cômica de Chris Pine como o Príncipe. Com visual suntuoso e bela trilha sonora, “Caminhos da Floresta” mostra a evolução da Disney em seus contos de fadas.

Classificação: ÓTIMO

A Casa Amaldiçoada

título original: The Haunting House
gênero: Terror
duração: 113min
ano de lançamento: 1999
direção: Jan De Bont
roteiro:  David Self

Filmes de terror geralmente têm como objetivo assustar e prender a atenção do público. Tendo essa ideia em mente, “A Casa Amaldiçoada” até parte de uma premissa interessante. Um grupo de três pessoas que tem a insônia como ponto em comum é levado a uma casa macabra onde acreditam estar fazendo parte de uma experiência sobre a falta de sono. O que eles não sabem é que, na verdade, trata-se de um experimento para avaliar as reações que todos temos quando estamos amedrontados. 
Com uma boa apresentação da protagonista, que carrega uma história dramática e não aparenta ser mero artificio do roteiro, o filme dá mostras de que pode proporcionar momentos razoáveis de tensão psicológica. Mas tudo fica na promessa, e muito longe de se concretizar realmente. Sem nunca ser transformada em algo produtivo, a ideia inicial se desgasta muito rapidamente.  Quando a trama adquire caráter sobrenatural, é aí que o diretor Jan de Bont se perde completamente.
Os elementos são jogados na trama de forma tão aleatória, sem que o espectador entenda o porquê de cada cena, que se torna impossível se envolver com a história. Os muitos furos no roteiro, que chegam a ser engraçados, apenas colaboram para aumentar a sensação de incredulidade que é a única reação provocada pela obra. 
O texto é tão risível que fica até difícil cobrar boas interpretações. Portanto, a atuação de astros como Catherine Zeta-Jones e Owen Wilson é pífia. Mesmo assim, é impossível não ressaltar negativamente o desempenho de Lili Taylor, que apesar de ser uma atriz premiada se deixou levar pelas circunstâncias desfavoráveis. Taylor até começa bem, mas perde-se completamente ao retratar o quadro psicológico problemático da personagem principal. 
Apesar de todos os esforços para a construção de um cenário assustador, mesmo a direção de arte é desprovida de qualquer emoção.

Classificação: LIXO

Cinquenta Tons de Cinza

título original: Fifty Shades of Grey
gênero: Romance
duração: 125min
ano de lançamento: 2015
direção: Sam Taylor-Johnson
roteiro: Kelly Marcel

Anastasia Steele (Dakota Johnson) precisa entrevistar o jovem e bem-sucedido empresário Christian Grey (Jamie Dornan) para a revista estudantil de sua faculdade. Lá, ela descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente intimidante. Atraída pelo magnata, Ana, que inicialmente é ingênua e recatada, se vê estimulada a desafiar seus limites e preconceitos.
Cinquenta Tons de Cinza é um romance erótico sensual e instigante, que aborda o mundo do sadomasoquismo para revelar sentimentos e traumas reais dos protagonistas. O casal vivido por Dakota Johnson e Jamie Dornan possui boa empatia e confere veracidade ao dilema dos personagens. O cenário e a trilha sonora sofisticados são utilizados como fator de equilíbrio aos instintos naturais do casal. No fundo, este é um filme sobre a solidão e a insegurança nas relações amorosas.


Classificação: ÓTIMO

Splash - Uma Sereia em Minha Vida

título original: Splash
gênero: Comédia Romântica
duração: 111min
ano de lançamento: 1984
direção: Ron Howard
roteiro:  Bruce Jay Friedman

Allen Bauer é um rapaz decepcionado com a vida amorosa que depois de sofrer um acidente em alto mar é salvo por Madison. Ela é tudo o que ele sempre quis na vida. Ele também. O par perfeito. Ou melhor, seria, se ela não fosse uma sereia.
É uma comédia romântica inteligente e tocante que justifica o status de clássico dos anos 80. Tom Hanks e Daryl Hannah mostram-se encantadores e em perfeita sintonia como o casal de protagonistas. John Candy e Eugene Levy estão impagáveis com suas interpretações cômicas. É um filme em que o elenco e a mão sensível do diretor Ron Howard fazem toda a diferença.


Classificação: ÓTIMO

A Teoria de Tudo

título original: The Theory of Everything
gênero: Drama
duração: 123min
ano de lançamento: 2014
direção: James Marsh
roteiro:  Anthony McCarten

Baseado na biografia de Stephen Hawking, o filme mostra como o jovem astrofísico fez descobertas importantes sobre e o tempo, além de retratar o seu romance com a aluna de Cambridge Jane Wide e a descoberta de uma doença motora degenerativa quando tinha apenas 21 anos.
A ideia de filmar a trajetória de Stephen Hawkings, por pior que fosse o filme, já seria garantia de sucesso. Mas o roteiro só não é perfeito porque se desvia da vida de Hawkings para destacar aspectos de seu primeiro casamento que não demonstram conexão direta com o interesse da história. A interpretação de Eddie Redmayne mais que justica o Oscar; ela é perfeita desde a composição física às mais sutis expressões faciais. Felicity Jones, também indicada ao prêmio da academia, faz um belo trabalho. A direção de arte com sua ótima fotografia, a caracterização de época e a trilha sonora estão à altura da interpretação de Redmayne.

Classificação: BOM

Cinderela

título original: Cinderella
gênero: Drama
duração: 105min
ano de lançamento: 2015
direção: Kenneth Brannagh
roteiro:  Chris Weitz

A história segue a vida da jovem Ella (Lily James), cujo pai comerciante casa novamente depois que fica viúvo de sua mãe. Ansiosa para apoiar o adorado pai, Ella recebe bem a madrasta (Cate Blanchett) e suas filhas, Anastasia (Holliday Grainger) e Drisella (Sophie McShera), na casa da família. Mas quando o pai de Ella falece inesperadamente, ela se vê à mercê de uma nova família cruel e invejosa. Relegada à posição de empregada da família, a jovem sempre coberta de cinzas, que passou a ser chamada de Cinderela, bem que poderia ter começado a perder a esperança. Mas, apesar da crueldade a que fora submetida, Ella está determinada a honrar as palavras de sua falecida mãe: tenha coragem e seja feliz.
Esta versão de Cinderela é a que tem o roteiro mais completo com relação à história original. A direção de Kenneth Brannagh consegue conciliar o caráter humano dos personagens com a magia e a fantasia elevadas ao máximo. Cate Blanchett se destaca ao conferir ódio e humor à madrasta, tornando-a humana e, portanto, perfeitamente verossímil. O elenco também conta com forte presença de Lily James e Richard Madden, bem como Helena Boham Carter roupa a cena em rápida aparição. A produção não deixa de utilizar efeitos visuais de última geração, principalmente nas cenas de transformação. A direção de arte e os figurinos também são de primeiro nível.


Classificação: ÓTIMO